Monumento à Terra Mineira - Belo Horizonte MG


Monumento à Terra Mineira

“Montani Semper Liber”


O monumento erguido em homenagem aos heróis e mártires mineiros, em bronze e granito, foi criado por Júlio Starace e inaugurado a 15 de julho de 1930, por iniciativa do governador Antônio Carlos, com a participação da Companhia Lotérica de Minas Gerais, do Congresso Estadual e da Prefeitura de Belo Horizonte. 

Discursaram durante a cerimônia o escultor Giulio Starace, o Secretário do Interior Francisco Campos, o Prefeito Alcides Lins e o acadêmico Newton de Paiva Ferreira. Representando a conquista do território pelos bandeirante e a conquista da liberdade pelos mártires mineiros, a obra é composta por uma figura alegórica do Estado de Minas e por quatro relevos encravados no bloco central. Na parte da frente, isto é, na face principal do monumento tem-se a representação de Bruzza Spinosa. Na face lateral direita figura o martírio de Tiradentes. Na face lateral esquerda é representado o martírio de Felipe dos Santos e na face posterior o Caçador de Esmeraldas, Fernão Dias Paes.

Endereço: Praça Rui Barbosa - Centro  - Belo Horizonte MG








Informações Adicionais:

O monumento tem 15 metros de frente por 12,5 metros de altura e 8 metros da frente ao fundo. Calcula-se que para a confecção do monumento foram empregados cerca de 5.000 quilos de bronze fundido, dos quais aproximadamente 2.000 quilos estão colocados na estátua do homem. O monumento, no seu conjunto, incluindo a parte arquitetônica, pesa 500 toneladas e foi contratado ao preço de 300 contos de réis. Na base do monumento, existe uma inscrição latina: “Montani Semper Liber”. Existe uma curiosidade com relação a este monumento, também conhecido como Monumento à Civilização Mineira. Segundo um artigo publicado no Estado de Minas de 10.11.73, assinado por José Clemente e reescrito na Revista do Artigo Público Mineiro, na página 269 “...Aquele mancebo musculoso de bronze, que lá está no topo, com uma bandeira na mão, concepção do escultor Giulio Starace, autor da obra, não era para ter tal bandeira. Mas o dr. Lourenço Baeta Neves, grande engenheiro, assessor do Presidente Antônio Carlos, mandado pelo Presidente ao atelier do escultor em São Paulo, para ver como corria a obra encomendada pelo Governo, insurgiu-se, por bem conhecer nossa gente, contra o nu da estátua, já pronta para ser fundida em bronze. Discutiu muito com o escultor, que não queria alterar sua criação. Mas o convenceu. E então, o escultor Starace meteu aquela bandeira nas mãos do homem-estátua, arranjando jeito de, com as dobras do pano, cobrir-lhe do nu tudo quanto considerava o ilustre engenheiro Baeta Neves que deveria ser bem coberto, para a estátua poder figurar em lugar público na capital mineira cheia de melindres. Ouvi as lamentações do artista Giulio Starace no dia da inauguração festiva do monumento. Estava furioso porque fora forçado a mutilar a sua concepção de artista...”

Fotografias: Viagens e passeios em Minas

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