Ditados Populares e seus significados


Curiosidades




Ditados populares, e hoje vamos relembrar alguns deles: 



Tipo o dito Pé Rapado entre outros e entender a sua origem, alguns deles com forte ligação a nossa Minas Gerais


Publicado em nossa fan page em Julho de 2017




https://www.facebook.com/LugaresdeMinas/photos/a.134547146698666.30438.134545900032124/872710302882343/?type=3&theater



Na foto, esse instrumento simples e interessante, instalado na porta de várias igrejas coloniais como Sabará, São João Del Rei, e de Santa Bárbara como a imagem, entre outras...também facilmente encontrado em fazendas antigas.


Imagem da Matriz de Santa Barbara MG / Foto Blog da Ana Bela


Esse objeto cravado na entrada da Matriz de Santa Bárbara MG, tinha como objetivo retirar o excesso de barro do calçado dos fiéis.Os mais abastados não o utilizavam, dono de várias posses vinham a missa em seus cavalos e até mesmo seus carros do começo do século.

Já os pobres vinham a pé, e precisavam fazer o uso desse instrumento, e assim nascia o termo " Pé Rapado"


Curiosidades interessantes que da nossa história e apresentamos mais alguns dos famosos ditados populares como:






Abraço de urso – Um abraço significa demonstração de amizade e afeto. Já a expressão significa puro fingimento ou traição. É que é da natureza do urso fazer isso, só que, nessa hora, ele prepara é um ataque que pode levar a pessoa abraçada à morte.



Acordo Leonino Um "acordo leonino" é aquele que é construído de forma a ferir a boa-fé objetiva, com o intuito de gerar enormes benefícios para um dos lados da relação, lesando os direitos da outra parte.
Uma fábula de Esopo. Nela, o autor grego conta que um leão, um cavalo, uma cabra e uma ovelha fizeram um acordo para caçar um cervo, acreditando que teriam partes iguais da caça para si.No momento da divisão, o leão determinou que a primeira parte era dele, por ser seu direito como leão. A segunda parte, também, pois era mais forte do que os outros. A terceira parte lhe era devida, pois ele trabalhou mais do que os outros. A quarta parte poderia ser disputada, mas quem a quisesse o teria como inimigo. Desta forma, levou para si todo o cervo.


Com o rei na barriga – Refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma. A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, eram tratadas com especial cuidado, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos.


Agora é que a porca torce o rabo – Significa que se chegou a um ponto máximo da problemática de algum processo, seja qual for. É o momento mais difícil, mais crucial de um problema, O berço da expressão vem do comportamento instintivo dos suínos. Quando em estresse, na defesa de suas crias, eles enrolam ou torcem o rabo como sinal de sua fúria e partem para cima do agressor.


Cuspido e Escarrado – A expressão portuguesa “cuspido e escarrado”, usada para enfatizar a semelhança de uma pessoa com outra, teve origem numa corruptela, num desvirtuamento de palavras mais elegantes promovido pela ignorância do povo. A locução original seria “esculpido em Carrara”, isto é, cinzelado no nobre mármore da região italiana de Carrara pelas mãos hábeis de um artista.Alguns alegam, a expressão corrompida pela fala popular foi “esculpido e encarnado” Mas etimologistas de que o inglês foi buscar spit and image no francês tout craché, o mesmo se pode dizer com certeza do português “cuspido e escarrado”. A contribuição lusófona a essa história se limitou a acrescentar o escarro ao cuspe, como reforço expressivo. O alcance internacional da expressão expõe a inconsistência de todas as outras hipóteses.

Arte: Cartunista Miguel Paiva

Casa da mãe Joana – Algumas versões:
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menor idade de Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
Significado: Onde vale tudo, toda gente pode entrar, mandar, fazer o que quiser, etc.
Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao ir para o Brasil a expressão mudou para “Casa da Mãe Joana”.


Chorar pitangas – O nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, significa vermelho. Portanto, a expressão se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho.


Conto do vigário – Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico caminhou direto para uma delas… Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.


AMIGO DA ONÇA- Amigo da onça é o indivíduo que se mostra amigo, e ao mesmo tempo, é alguém que não se pode confiar, pois é uma pessoa falsa, que trai as amizades, hipócrita e infiel. A origem do termo amigo da onça surgiu com o cartunista Péricles Maranhão, para designar uma pessoa cafajeste, debochada e irônica. O personagem tornou-se extremamente popular, e o termo espalhou-se para todo o Brasil. Chamar outra pessoa de amigo da onça é considerado uma ofensa. Amigo da onça pode ser utilizado tanto como ofensa, em um sentido pejorativo, mas também como uma brincadeira entre amigos, uma forma de descontrair e chamar o outro com esse apelido, geralmente para designar pessoas que costumam pensar mais em si que nos outros. Amigo da onça é também uma brincadeira, geralmente feita em épocas do Natal, é uma versão “malvada” para o famoso amigo secreto, também chamada de inimigo secreto. O nome é amigo da onça, pois nessa brincadeira cada pessoa leva um tipo de presente, então sorteia-se um amigo, que escolhe um presente fechado, abre, e então o amigo da onça escolhe se fica ou troca seu presente por um outro presente já aberto de outro amigo, “prejudicando”, de certa maneira a outra pessoa.


Dar com os burros n’água – A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde alguns dos burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.


De cabo a rabo – Conhecer algo do começo ao fim. Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de “cabo a rabah”, ou seja, como de fato conhecer todo o continente africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos (rota de circulação total da África com destino às Índias).


Ideia de jerico – Na região Nordeste, Jerico é o mesmo que mula. A expressão, então, designa alguma ideia tola, já que, figurativamente, jumento é o mesmo que indivíduo imbecil.


Lágrimas de crocodilo – É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.


Quem não tem cão, caça com gato – Significa que, se você não pode fazer algo de uma maneira, se vira e faz de outra. Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, sozinho, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.


Feito nas coxas – Remete aos consertos dos telhados de antigamente já que, quando se quebrava alguma telha, o escravo pegava o barro e refazia essa telha nas coxas para que ela ganhasse o formato arredondado. Porém, ela não ficava igual a outras, então, é por isso que a expressão passou a designar coisas feitas sem modelo prévio ou devido cuidado. 







FAZER UMA VAQUINHA- Tudo indica que ela tenha sido criada pela torcida do time de futebol do Vasco, durante a década de 20. Na época, os fãs do clube carioca adotaram uma tática bastante eficiente para estimular os jogadores em campo. A cada resultado positivo, os atletas recebiam um prêmio em dinheiro arrecadado pelos torcedores. O valor dependia do placar e era inspirado em números do jogo do bicho. Um empate, por exemplo, valia “um cachorro”, que corresponde ao número 5 no bicho. Nesse caso, os boleiros embolsavam 5 mil réis. Uma vitória comum geralmente rendia “um coelho”, o número 10 no jogo, ou o equivalente a 10 mil réis. Mas a recompensa mais cobiçada era justamente “uma vaca”, o número 25 – ou seja, nada menos que 25 mil réis, pagos somente em vitórias históricas ou em conquistas de títulos. Com o tempo, a expressão “fazer uma vaca”, ou “fazer uma vaquinha” passou a ser usada sempre que um grupo de pessoas rachava uma despesa comum. Décadas depois, a palavra “vaca” ou “vaquinha” também foi usada para apelidar as cédulas de 100 cruzeiros. “No jogo do bicho, ela representa também o grupo de números terminados em 00. A associação deve ter surgido daí”, afirma o filólogo (estudioso da língua e das palavras) José Pereira da Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
FICAR A VER NAVIOS- Ficar a ver navios é uma expressão popular que significa ser enganado, ludibriado, ver suas expectativas serem frustradas e ficar desiludido. A expressão “ficar a ver navios” surgiu em Portugal e há algumas histórias que podem explicar a sua origem. No tempo das grandes navegações e descobertas, muitos portugueses ficavam em Lisboa, num morro chamado Alto de Santa Catarina. Para alguns autores, eram armadores esperando as caravelas que vinham de continentes além-mar, trazendo vários tesouros; para outros eram sebastianistas que acreditavam no retorno de D. Sebastião, rei de Portugal, desaparecido na África, na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. O povo português se recusava a acreditar na morte do seu rei e por isso, era comum pessoas ficarem no Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. É certo que o D. Sebastião nunca regressou, e por isso essas pessoas ficaram a ver navios, ou seja, ficaram desiludidas porque aquilo que esperavam não se concretizou. Uma explicação bastante parecida, consiste no fato de na altura, as mulheres ficarem em casa, esperando os maridos que tinham zarpado com as embarcações. Depois de muito tempo, as mulheres ficavam observando os navios que chegavam aos portos para encontrarem seus maridos, muitas vezes sem sucesso. Então surgiu a expressão: Ficou a ver navios, ou seja, ficou esperando por algo que não veio. A terceira explicação revela a expressão “ficar a ver navios” no sentido de ser enganado por alguém. Em 1492 foi determinado que os judeus que não se convertessem ao catolicismo teriam de deixar a Espanha até ao fim de julho. Milhares então se deslocaram para Portugal. O casamento do rei D. Manuel com D. Isabel, filha dos Reis Católicos, fez com que aceitasse a exigência espanhola de expulsar todos os judeus que moravam em Portugal que não se tornassem católicos, num prazo que ia de janeiro a outubro do ano de 1497. O rei Dom Manuel precisava dos judeus portugueses, pois representavam toda a classe média e a mão-de-obra, e eram também uma grande influência intelectual. Se Portugal os expulsasse como fez a Espanha, o país teria que enfrentar uma grande crise. Contudo, D. Manuel não tinha qualquer interesse em expulsar esta comunidade. O rei de Portugal tinha esperança que, retendo os judeus no país, os seus descendentes pudessem talvez vir a ser cristãos, como resultado da influência da cultura católica em Portugal. Para que isso acontecesse, tomou medidas extremamente drásticas, chegando a ordenar que os filhos menores de 14 anos fossem tirados aos pais para que fossem convertidos. Depois fingiu marcar uma data de expulsão na Páscoa. Quando chegou a data do embarque dos que não aceitaram o catolicismo, ele afirmou que não havia navios suficientes para os levar e ordenou um batismo em massa dos que estavam reunidos em Lisboa esperando o transporte para outros países. No dia marcado, estavam todos os judeus no porto esperando os navios que não vieram. Todos foram convertidos e batizados. O rei então declarou: não há mais judeus em Portugal, são todos cristãos (cristãos-novos). Muitos foram arrastados até a pia batismal pelas barbas ou pelos cabelos. Deste acontecimento surgiu a expressão: “ficaram a ver navios”, porque tinham sido enganados.






SALVO PELO GONGO- Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo.




SANTO DO PAU OCO- No século 17, as esculturas de santos que vinham de Portugal eram feitas de madeira e muitas delas, ocas por dentro, acabavam escondendo dinheiro falso que era trazido para o Brasil. Durante o ciclo do ouro, contrabandistas enganavam a fiscalização recheando seus santos com ouro em pó. Também se utilizaram deste recurso os donos de minas e os grandes senhores de terras, para esconder suas fortunas e assim escapar dos pesados impostos cobrados pelo rei de Portugal. As maiores, geralmente, eram mandadas para parentes de outras províncias e até para Portugal como se fossem simples presentes, levando grandes somas escondidas em seus interiores. Este procedimento pouco católico, deu origem à expressão ‘santo do pau oco’


SERÁ O BENEDITO ? – A origem da expressão popular “será o Benedito” deu-se durante a década de 1930 em Minas Gerais. O presidente Getúlio Vargas, após meses de análises, não decidia quem seria o governador do estado. O tempo decorrido, gerou, naturalmente, uma inquietação entre os inimigos políticos de um dos candidatos ao cargo, cujo nome era Benedito Valadares. Constantemente, perguntavam: Será o Benedito interventor de Minas Gerais? Daí a expressão: “Será o Benedito”, ou seja, expressar-se por situações inesperadas ou indesejáveis.




SEM EIRA NEM BEIRA- Expressão popular que significa : não possuir coisa alguma; ser extremamente pobre.Tem origem portuguesa; eira era o quintal,espaço livre; beira era o beiral da casa. Portanto quem não tem nem eira nem beira ,não tem nem terra nem casa.Eira e beiral seria a soleira que tem nas janelas das casas mais antigas. Casas construidas com eiras e beirais, quanto maior eira ou o beiral da casa antigamente, mais importante era a familia na sociedade. Então quando uma pessoa possuía uma casa com eira ou beiral, esta pessoa tinha beira, tinha cartaz, tinha poder, posses e dinheiro. Se a familia que não tinha uma casa com eira ou beiral, se dizia que os descendentes daquela familia não tinham prestigio na sociedade, não tinham nem eira e nem beira. Claro que as casas com eiras eram mais importantes do que as casas com beiras.


UAI –Opresidente Juscelino Kubitschek que incentivou dois estudiosos a pesquisar a origem da expressão UAI. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, foi encontrada explicação provavelmente confiável.Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam- se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos.
Lá de dentro, perguntavam:
– Quem é ? – e os de fora respondiam:
– UAI – as iniciais de ‘União, Amor e Independência’ .
Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes. Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as pessoas das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário cotidiano, quase tão indispensável como ‘tutu’ e ‘trem’. Uai sô…

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