Fato Veridico em Perdões MG: Sr. João Gomo e os valentões.
Mula sem cabeça, Lobisomem e Valentões
Nos meus tempos de infância e adolescência, existia aqui em minha cidade um velho senhor conhecido como João Gomo, já bem velhinho, e dizia que tinha sido escravo quando jovem, o que não é de duvidar pois pelo que se sabia nos anos sessenta ele contava com mais de 80 anos.
O Sr. João Gomo era uma pessoa de uma índole pacífica, bondoso, gostava de contar causos dos seus tempos de criança, de causos contados pelos seus ancestrais, principalmente para nós adolescentes que morávamos perto de sua casa e que ele carinhosamente nos chamava de sinhozinhos. Era também um tremendo gozador. Não perdia uma oportunidade de gozar os outros.
Quando íamos ao seu barraco de chão batido, mas de um asseio impecável, que ficava em um local mais ou menos ermo, com muito mato ao redor, e que para chegar lá tinha-se que caminhar por um trilho no meio do mato, ele sempre fazia para nós um cafezinho de garapa que ele mesmo moía e junto com o cafezinho ele fazia também cigarros de palha para nós fumarmos. Ele como sempre tinha na boca um cachimbo de coco que na maior parte do tempo ficava apagado.
Que de vez em quando, aparecia nestas horas dois vizinhos que gostavam de mostrar valentia diante de tudo e de todos. Seu Zezinho e Sô Jacinto sempre tinham algo para contar e mostrar a sua valentia. Enfrentavam onças, jacarés, cobras de todos os tamanhos, brigavam com cinco ou mais e nunca apanhavam, pescavam os maiores peixes, caçavam as mais belas juritis e vai por aí.
e assim o fizemos. Pouco depois chegam os dois papudos contando vantagens, e depois de anoitecer, falaram que iriam embora pois a lua era cheia e os lobisomens e mulas sem cabeças gostavam mais de dias assim, ao que o Sr. João Gomo disse para esperar mais um pouquinho pois o café estava quase pronto, entrando em casa e saindo pelos fundos para aprontar com os dois. Nós não tínhamos idéia do que ele havia arrumado para assustar lhes.
Depois de alguns minutos, ele retornou, serviu o café para todos e os dois saíram para ir embora, o que demorou somente uns 15 segundos pois eles passaram por nós gritando como loucos, em uma carreira que nem um velocista seria capaz de disputar com eles.
O riso foi tanto que deu dor de barriga em todos, chegando alguns de nós a fazer xixi nas roupas. Depois de contar que o que eles viram tinha sido preparado, nunca mais apareceram para contar suas vantagens. História acontecida em Perdões MG e relatada pelo Sr. José Ricardo
Quando íamos ao seu barraco de chão batido, mas de um asseio impecável, que ficava em um local mais ou menos ermo, com muito mato ao redor, e que para chegar lá tinha-se que caminhar por um trilho no meio do mato, ele sempre fazia para nós um cafezinho de garapa que ele mesmo moía e junto com o cafezinho ele fazia também cigarros de palha para nós fumarmos. Ele como sempre tinha na boca um cachimbo de coco que na maior parte do tempo ficava apagado.
Que de vez em quando, aparecia nestas horas dois vizinhos que gostavam de mostrar valentia diante de tudo e de todos. Seu Zezinho e Sô Jacinto sempre tinham algo para contar e mostrar a sua valentia. Enfrentavam onças, jacarés, cobras de todos os tamanhos, brigavam com cinco ou mais e nunca apanhavam, pescavam os maiores peixes, caçavam as mais belas juritis e vai por aí.
naipe, não queriam correr o risco, apesar de que enfrentaram os seres mitológicos e os expulsaram para as profundezas da mata.
O Sr. João Gomo depois destas conversas disse para nós que iria aprontar com os dois e que na sexta feira iria arrumar algo para pregar um susto em ambos e pediu que arrumássemos uma vela para ele. Dito e feito.
Na sexta feira, chegamos para o papo habitual e ele pediu para que passássemos uma corda em um tronco de árvore que existia perto do trilho que cortava o mato e
O fato que quero relatar aconteceu na quaresma de 1969 e que até hoje quando lembro fico a rir sozinho. Em uma quarta feira desta quaresma, os dois vizinhos, Seu Zezinho e Sô Jacinto, depois que escureceu, falaram que tinham que ir embora pois era dia de aparecer lobisomens e mulas sem cabeças, e como na semana anterior vindo da roça passaram grandes apertos com seres deste assim o fizemos. Pouco depois chegam os dois papudos contando vantagens, e depois de anoitecer, falaram que iriam embora pois a lua era cheia e os lobisomens e mulas sem cabeças gostavam mais de dias assim, ao que o Sr. João Gomo disse para esperar mais um pouquinho pois o café estava quase pronto, entrando em casa e saindo pelos fundos para aprontar com os dois. Nós não tínhamos idéia do que ele havia arrumado para assustar lhes.
Aí fomos ver o que o Sr. João Gomo tinha feito. Algo muito simples, pegou uma cabaça velha, fez olhos, nariz e boca vazados, colocou a vela acessa dentro, amarrou na corda que havíamos pendurado na árvore e debaixo da cabaça, amarrou um lençol muito branco. Quando os dois saíram, ele simplesmente puxou a corda e subiu aquela coisa fantasmagórica em frente aos dois. Aí foi correria só.
Mas o caso não para por aí. O melhor foi no sábado à tardinha quando já estávamos novamente conversando com o Sr. João Gomo chega o Seu Zezinho e Sô Jacinto bem machucados, arranhados, mancando e foram logo dizendo que no meio do caminho encontraram com um lobisomem e uma mula sem cabeça e que estavam indo em direção a casa do Sr. João Gomo e sabendo que estávamos lá, saíram correndo para desviar a atenção dos seres daquela casa e no caminho da fuga, encontraram cercas, moitas de arranha-gato, caíram em uma vala, depois em um córrego, até que um deles resolveu enfrentar os bichos, dizendo que pegou o lobisomem pelos chifres e amarrou com arame de uma cerca, e o outro para não ficar para trás, enfrentou a mula sem cabeça, agarrando-a pelas orelhas e prendendo o pescoço nas patas da mesma para que não pudesse andar, mas como gastaram muito tempo enfrentando os bichos estes começaram a chamar os colegas e eles tiveram que se esconder, e para isto dormiram em uma tuia cheia de milho onde ficaram a noite inteira com medo de sair, pois tinha mais de trinta bichos rondando a tuia.
O riso foi tanto que deu dor de barriga em todos, chegando alguns de nós a fazer xixi nas roupas. Depois de contar que o que eles viram tinha sido preparado, nunca mais apareceram para contar suas vantagens. História acontecida em Perdões MG e relatada pelo Sr. José Ricardo
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